
Para entrar no clima, tinhamos moeda própria, as dálias e psicocents, o Morro dos Psicodálicos Uivantes, que era um dos morros de camping onde nos instalamos. A cozinha comunitária que estava mais para floresta de Sherwood, onde todos cozinhavam em fogueiras improvisadas ao som de violões gaúchos, catarinenses e paranaenses. Para quem foi lá deve se lembrar do velho que cantava ao 4 cantos "quem trás a doeeença não é o sagraaaado, é o diábo" (sic).
Todos os dias às 19h começavam os shows de rock "no centrinho do local" que se estendiam até a madrugada. O som era muito maluco, bandas de Santa, Paraná e Rio Grande do Sul. Diria que o som era do tipo rock psicodélico mesmo. Muita flauta transversa, gaita de fole, performances. Eu gostei de muitas bandas, mas meu destaque vai para as bandas daqui. Na noite de domingo a grande atração era a Pata de Elefante, fiquei lá na frente, hipnotizada com a guitarra do Guedes e dançando sem parar. Segunda foi o dia da Bandinha Di Da Dó, que me surpreendeu demais. A banda é formada por palhaços (ou clowns?) que fazem um som e uma performance incrível. Depois do show era todo mundo comentando o quão maravilhoso tinha sido.

Olha, tenho mais um milhão de histórias para contar, quem sabe outra hora eu faço um novo post, mas o que eu não posso deixar de dizer é dos malabares de fogo. O palco dos shows ficava em um vale com vários morros em volta. Na noite, quando tu olhavas pra cima, várias pessoas ficavam fazendo malabares de fogo lá em cima. Só que tu não enxergava as pessoas, só a chama. Foi lindo! Também tinha umas pessoas que ficavam passando com umas luminárias estilizadas em fila por todo o acampamento.

Segunda eu acordei, me deitei em baixo da tendinha que colocamos e agradeci muito por estar lá. Senti a maior vibração positiva da minha vida.
Caro